sábado, 29 de novembro de 2025

O uso das IAs para fundamentar decisões de cunho moral: uma má escolha.


Saudações! Compartilho contigo um texto que produzi a partir de conversas sobre as IAs (chamadas inteligências artificiais): 

O uso das IAs para fundamentar decisões de cunho moral: uma má escolha.

Para embasar decisões, em matéria de moral, julgo inconveniente recorrer às IAs. Considero muito melhor recorrer direto à Fonte,  Deus, o Autor da Vida. Jesus nos deu esse acesso. Entendo que desprezar isso e recorrer à incerteza das IAs é um erro.  Além disso, quando acertam, as IAs podem nos dar o conhecimento sobre o que fazer, mas não a unção/capacitação para executá-lo. Muitas vezes as pessoas sabem o que fazer, mas chegam na situação e "amarelam", não têm o Espírito necessário para fazer. É necessário buscar a presença dEle, com um comportamento específico, uma fé e fidelidade que O agradam. Não dá para atalhar o acesso, para beber dessa Fonte.
Há quem diga que os erros de IA só ocorrem nas versões grátis e que nas IAs pagas isso praticamente não acontece, o que talvez seja quase um senso comum. 
A questão é o perigo de deixar brecha para o "quase não ocorre", e "praticamente não ocorre", para um assunto que não pode ter margem alguma para erro.
Você já viu que uma das traduções possíveis para a palavra El (normalmente traduzida pela palavra Deus) a partir do paleo-hebraico é "a força que conduz" ? 

O significado de dizer que algo é o seu Deus é dizer que aquela força rege, direciona, sua vida. 
E se a IA passar a ser a força que conduz a pessoa, está feita uma idolatria.
Se a pessoa construir uma relação afetiva com a IA, isso pode ser muito perigoso. Muitas pessoas se matam pelo término de um relacionamento, um namoro, noivado, ou casamento. Penso que pessoas construindo relação afetiva com a IA pode ser uma ferramenta de escravidão muito forte. Se a pessoa desagradar ao sistema, "tire a IA dela" que ela, apaixonada, se proporá a obedecer docilmente, via de regra.
Lembrando que idolatria é um dos pecados cuja punição no contexto da Teocracia da época de Moisés era a morte.
Sobre esse tipo de pecado está escrito na primeira epístola de João: 

"Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue." 1 João 5:16

Nesse sentido, vale destacar que a Idolatria é um pecado do nível do assassinato e do adultério. Para todos esses pecados a punição no contexto de Moisés era a morte. Nosso código penal hoje é diferente. Mas isso nos ajuda a meditar sobre o quanto não idolatrar era (e é) importante para Deus; o quanto Deus queria (e quer) que o povo se afastasse dessas coisas, destacadamente a idolatria. 
Outro argumento para defender o uso das IAs para tudo é que elas são apenas nós mesmos, produtos da mente humana. Esse argumento é fraco pelo seguinte: as IAs são resultado de programação de outras *mentes humanas*, que não necessariamente estarão comprometidas com a força que me conduz, o Autor da Vida. 
No livro do profeta Jeremias capítulo 17 diz que:  _"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso, quem o conhecerá?"_

Vale ressaltar que na cultura da Bíblia, dizer coração quer dizer mente. E sendo as IAs produtos de muitas mentes humanas, não tem como esperar que seja diferente. É verdade que está escrito que da "multidão dos conselhos, provém a sabedoria"(Provérbios 11:14), mas primeiro: os conselheiros precisam ser de boa índole, o que a IA não garante, e segundo:  esta é a sabedoria de Salomão, porém a sabedoria de Cristo é mais profunda: "Eis aqui quem é maior que Salomão". Mateus 12:42. 
Em Cristo podemos ter acesso a uma sabedoria profunda, dinâmica e eficaz, que não fica off-line nem na cova dos leões. 
Como disse Viktor Frankl, conhecido por ter sobrevivido com sanidade aos horrores do campo de concentração Nazista: 

_"Tudo pode ser tirado de um homem, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher a sua atitude em qualquer conjunto de circunstâncias, escolher o seu próprio caminho."_

Assim, embora apontem o avanço das IAs como imparável, vale ressaltar a capacidade de escolha do ser humano, mesmo nas situações mais extremas. Podemos escolher como utilizá-la e também se vamos utilizá-la. 

_¹⁹ te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência_
Deuteronômio 30:19

Amém. Deus é Rei Fiel!